quinta-feira, 31 de março de 2011

O TERMINAL


O filme O Terminal dirigido por Steven Spielberg, lançado em 2004, interpretado por Tom Hanks, no personagem de Victor Navorski, nos leva a refletir sobre a importância da comunicação, pois é a mesma que mantém os indivíduos em permanente contato, praticando a interação, troca de informações, ideias e sentimentos. E para que haja comunicação é necessário que todos envolvidos utilizem o mesmo código.
No filme fica visível a dificuldade que Victor encontrou em se comunicar, por não dominar o código dos EUA. País onde o mesmo visita. Essa dificuldade fica evidenciada nas primeiras cenas, quando o personagem chega ao aeroporto e seu visto é negado devido a uma guerra que acabara de acontecer em seu país de origem, a “Krakozia”.
Como Victor poderia compreender se não dominava o mesmo código?
Para que ele pudesse compreender o motivo pelo qual seu visto tinha sido negado, foi conduzido até a sala do chefe Dixon e chegando lá o mesmo tenta explicar através da fala, mas por não dominar o mesmo código, e o único recurso que possuía era o da linguagem verbal, algumas frases já prontas em suas anotações que só o ajudavam a pegar um táxi e levá-lo ao seu destino, ficou impossível obter êxito em sua comunicação, e na tentativa de fazê-lo entender, ele utiliza a linguagem não verbal, encenando o ataque a um saco de batatas fritas com uma maçã, mesmo assim Victor não entende.
Por mais que Dixon no papel de emissor quisesse transmitir a mensagem em relação a guerra da “krakozia”, Victor no papel de receptor não compreendia, pois não dominava o mesmo código. 
 Diante disso ficou impossível o processo da comunicação, pois para a mesma obter um bom resultado é necessário que ambos interajam e sejam capazes de trocar os papeis, tanto emissor, como receptor.
Victor só pôde assimilar o que estava acontecendo, através de um dos componentes da comunicação, que foi o canal. Ao passar na TV o hino de seu país, e várias imagens associadas a guerra.
O filme nos mostra como um aeroporto é rico nos mais variados  meios de comunicação, e muitas vezes nem nos damos conta. E isso fica evidenciado na cena na qual as pessoas caem constantemente por não observarem as placas  informando sobre o chão molhado e o constante perigo.
A própria aeromoça que vive frequentemente no aeroporto não se dá conta dessas placas; certa vez em que chegou ao aeroporto, sofreu uma queda, por não observar as informações contidas nas placas e Victor, vendo-a no chão ajudo-a a levantar, e mostrando-lhe a placa, tornou-se amigo dela, e até apaixonando-se.
Através dessa paixão, das amizades feitas no aeroporto, com ajuda de alguns livros e atenção aos símbolos a sua volta, Victor pôde assimilar um pouco o código e se comunicar melhor.
A boa comunicação gera modificações de pensamentos, ideias, até mesmo de comportamento.
Mas falha na comunicação pode causar problemas, ou tornar alguns em “super- herói” foi o caso de uma determinada cena, que tinha um passageiro muito exaltado, pois queria levar vários remédios 
para seu pai e foi impedido pelos guardas, pois o mesmo não possuía uma licença de compra de remédio. E Victor, dominando o mesmo código do passageiro, o induziu a falar que o remédio era para o bode; já que o transporte de medicamentos para animal não precisava da licença, descrito no formulário de imigração de cor azul.  
Essa cena fez de Victor um ”Super- herói”, pois o funcionário responsável pela limpeza do aeroporto presenciou o acontecimento e transmitiu para os colegas de forma diferente e em um senso comum introduziu fatos de seu  escalão, aumentando os fatos. Essa falha na comunicação no campo administrativo chamamos de rádio peão.
Para uma boa comunicação não basta emitirmos uma mensagem, é preciso se fazer entender.