terça-feira, 31 de maio de 2011

Síntese Reforma Psiquiátrica


Síntese Reforma Psiquiátrica

Esta é uma pesquisa elaborada pelo 1° semestre de psicologia da faculdade Castro Alves, cujo objetivo é fazer uma correlação entre a proposta da reforma psiquiátrica,que tem como principal objetivo acabar com o tratamento manicomial,que trazia pouquíssimos benefícios para os pacientes quando comparado aos prejuízos,pois as pessoas que sofriam com distúrbios ,(transtornos mentais) eram excluídas da sociedade,trancadas em sanatórios, onde viviam completamente dopadas,para não incomodar, nem oferecer risco as pessoas ´´normais’’,e quais critérios estão de fato sendo atendidos
A psiquiatria tradicional considerava o louco como um alienado, que não possuía razão. Nesse processo a loucura se enquadra como objeto científico, passando a ser reduzida a uma doença, necessitando, portanto, de uma intervenção médica, assim a loucura como “alienação da razão” justificava práticas de confinamento em manicômios, como forma de tratamento.
Estes confinamentos “princípios de isolamento” lotavam as cidades, onde sobre o louco era exercida ações violentas de abandono e a construção do louco como um ser perigoso e incapaz, portanto, que deveria ficar longe da sociedade.
A partir do início da segunda metade do século XX, impulsionado por Franco Basaglia, iniciou-se uma radical crítica e transformação do saber, do tratamento e das instituições psiquiátricas. Esse movimento ficou conhecido como reforma psiquiátrica e iniciou-se na Itália repercute por todo mundo, inclusive no Brasil.
A reforma psiquiátrica tem como pressupostos a desinstitucionalização, a humanização na prática médica e dos serviços assistenciais focada na reabilitação e na inclusão social dos portadores de transtornos mentais.
De acordo com nossa pesquisa houve realmente uma mudança no tratamento dos portadores de transtornos mentais. Antes da reforma os pacientes eram levados aos hospitais psiquiátricos geralmente quando estavam em surtos psicóticos ou em crise aguda de ansiedade, para assim serem controlados e tratados com medicações. Mas muitas vezes o diagnostico e o tratamento não eram satisfatório, com isso os transtornos se perduravam e se agravavam. As medicações aplacavam momentaneamente os sintomas, mas não era suficiente para resolver o transtorno. E a instituição se tornava um lugar de contenção e não de tratamento. Porém pós a reforma houve uma mudança de paradigma. Não há mais a ideia de contenção, mas sim de inserção do individuo doente a vida social, visto que o doente é fruto de desajustes, tanto familiar como social.Houve de fato um fechamento da maioria dos hospitais psiquiátricos de grande porte e para substituí-los, foram criados serviços como CAPS.
Os CAPS (Centro de assistência psicossocial) é o serviço que tem mais valor estratégico para a reforma, pois com o fechamento dos hospitais psiquiátricos, os pacientes passaram a ser tratado nos CAPS. O CAPS não tem só uma função de substituir, mas também dar um suporte assistencial tanto ao doente quanto aos familiares. Tratando o paciente não só através de medicação, mas tratando de forma psicoterápica, feitos por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. Segundo a profissional por nós entrevistada.Porém os CAPS não contam com a infra-estrutura necessária, nem profissional para atender a demanda atual dos pacientes, pois o que o nossos governantes tem feito ainda não é o ideal, mas está sendo feito o mínimo.
Assim podemos concluir que a reforma caminha, só que a passos lentos, pois a contribuição por parte dos órgãos governamentais ainda é mínima. Por isso, é fundamental que exista um maior compromisso dos nossos governantes com a saúde mental em nosso país, seriedade e respeito aos usuários dos serviços, para que, de fato, haja uma consolidação da reforma psiquiátrica em nosso país

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